segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Delírios (o esterno do cadáver)

Há por cá muito boa gente que deveria ser literalmente obrigada a ligar-se ao planeta Terra através de uma âncora que se amarrasse ao pescoço. Talvez assim descessem do mundo da Lua, onde passam grande parte do tempo a delirar!

Nesses momentos vejo o céu sarapintado de bolas verdes e amarelas e fico com os olhos esgazeados quando sinto o odor dos pinheiros no ar. Coisa boa de sentir é também a areia nas patas descalças: a vertigem das cócegas com a massagem é de babar e chorar por mais! E por falar em babar, lembro-me logo da baba de camelo. Sobremesa saborosa, mas só de pensar no mome que lhe atribuíram não consigo comê-la, causa-me náuseas. Esquisitices!

Não percebo bem porquê! Porque é que se há-de ser esquisito se um delírio é tão eficaz para resolver ou apaziguar os nossos desejos?

Os desejos são como chocolate branco: quanto mais se come, mais apetece comer. Os desejos que eu tenho são muito diversos: desde um homem giro até um delicioso leite condensado! Ou então chocolate branco. Ou então chocolate negro. Ou então mel com bolachas. Ou então doce com pão. Ou então pão com manteiga e açúcar. Muito açúcar. Muito doce. Ai doce de ovos! Aqueles das barricas de Aveiro. Ai, então e toucinho-do-céu... E Dom-Rodrigo. E Nestum com mel… Oh moços! Nestum com mel…

Mas lembrem-se: não há mel sem fel! Quem o diz é o povo, na sua imensa sabedoria terra-a-terra.

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